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Terminal São Paulo: maior Terminal da América do Sul passa por reestruturação que impactará na redução de emissão de poluentes na atmosfera e otimização do tráfego aéreo

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No dia 20 de maio de 2021, o tráfego aéreo da denominada Terminal São Paulo passou por uma sensível reestruturação, a qual vinha sendo planejada desde janeiro de 2018 por meio de parceria firmada entre o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA)e o Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo(SRPV-SP).
A denominada área de controle de terminal (TMA), ou apenas terminal, se refere a uma área designada para o controle do espaço aéreo ao redor de pelo menos um grande aeroporto onde há um alto volume de tráfego.

Neste sentido, a chamada Terminal São Paulo (TMA-SP) se refere a maior e mais importante terminal do espaço aéreo brasileiro, englobando o controle do espaço aéreo de inúmeros aeroportos paulistas, que vão desde os mais movimentados, como o Aeroporto Internacional de Guarulhos, Congonhas e Viracopos, além de outros aeroportos menores, tais como o Aeroporto de São José dos Campos, Bragança Paulista, Campo de Marte, dentre outros.

Ocorre que desde o dia vinte de maio do corrente ano foi implementado o sistema Point Merge de gerenciamento, ou ponto de convergência, em português, o que tornará todas as aterrissagens mais fáceis e fluídas, com menos necessidade de pedir autorizações por rádio, haja vista que, com as alterações nas rotas, a partir do momento em que as aeronaves atingirem o ponto de convergência toda a operação de descida será simplificada.

uma certa distância de um ponto fixo, conforme ilustrado acima, onde no momento certo os pilotos são orientados pelo controle de tráfego aéreo a deixar o arco e se moverem em direção ao Point Merge (ponto de convergência), de onde se iniciará a aproximação para o aeroporto de destino. Desta forma, além de realizaremcurvas ordenadas em direção ao aeroporto, também podem descer de forma contínua em direção a pista de pouso, não mais gradativamente como se era realizadoantes, economizando combustível, tempo e dinheiro.

Um dos grandes problemas do antigo sistema de gerenciamento do tráfego aéreo era a necessidade de as aeronaves realizarem voos em círculos, a fim de aguardarem o descongestionamento da malha aérea. Essa antiga operação implicava na maior emissão de gases poluentes, aumentava o tempo de voo e onerava desnecessariamente as companhias aéreas, com o pagamento de horas extras à tripulação e gastos com a queima desnecessária de combustível.

Com o novo sistema de gerenciamento a expectativa é que os agentes diretos e indiretos envolvidos nas operações de pousos e decolagens serão impactados, haja vista que as aeronaves não mais necessitarão realizar as antigas manobras de voos em círculos.

Dentre os principais benefícios podemos destacar adiminuição da carga de trabalho dos pilotos, da tripulação das aeronaves, e dos controladores de tráfego aéreo, a economia de combustível pelas companhias aéreas, redução da emissão de gás carbônico na atmosfera, a diminuição também da poluição sonora nos centros urbanos, além da absorção do crescimento da demanda do tráfego aéreo pelos próximos dez anos.

Portanto, acreditamos que a atualização da metodologia utilizada no gerenciamento do tráfego de aeronaves da Terminal São Paulo trará grandes avanços para o sistema aéreo e para a sociedade, bem como auxiliará as companhias com o corte de gastos e economia de recursos minerais e humanos, beneficiando também os passageiros que terão suas viagens encurtadas, além da significativa redução da emissão de gases poluentes na atmosfera e diminuição da poluição sonora nos centros urbanos, o que beneficiará não apenas as empresas aéreas e seus clientes, mas também toda a sociedade.