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O F.Torres Advogados firmou recentemente parceria com a Ecology Brasil, integrante da WSP, empresa canadense de raízes americanas e britânicas que fornece serviços de gerenciamento e consultoria para o meio ambiente.
Com a parceria, o F. Torres passou a oferecer às empresas um serviço completo de consultoria técnica e jurídica na área ambiental, com toda a expertise que acumula ao longo de 20 anos trabalhando com seguros e resseguros, e na regulação de sinistros na área ambiental.
“Nós já trabalhávamos as questões socioambientais com a regulação de sinistros, verificando o que aconteceu, se tinha cobertura, quais as medidas de mitigação adotadas. Com a parceria, passamos a dar uma assessoria mais completa para o cliente, não só jurídica, mas também técnica. Isso é importante, pois muitas vezes os especialistas técnicos têm uma visão que não necessariamente é a mesma da área jurídica”, diz Fabio Torres, sócio-fundador do Escritório.
Com a parceria, o F. Torres Advogados passou a oferecer serviços de mapeamento dos riscos técnicos e jurídicos a que uma empresa está sujeita na área socioambiental, sugerindo as medidas necessárias para mitigá-los, em ambos os aspectos, mas em um projeto único.
“Quando há um projeto único, unindo desde o início o técnico e o jurídico, a possibilidade de qualquer conflito de ideias, de solução ou até de interesse se dissipa”, afirma Torres.
Outro ponto importante é a necessidade de as empresas se adequarem cada vez mais aos conceitos ambientais, sociais e de governança corporativa resumidos na sigla ESG (do inglês Environmental, Social and Corporate Governance) em suas estratégias de negócios e cultura organizacional:
“O empresariado brasileiro ainda tem pouca experiência em ESG, que começa a ter impacto em todas as empresas, principalmente nas de capital aberto e nas exportadoras”.
Esse impacto também é econômico, conforme explica Torres. “Os próprios fundos de investimento estão fazendo uma seleção natural. Dentro e fora do Brasil, eles não estão investindo em negócios que não tenham o ESG como um dos grandes focos de suas plataformas de governança e de business on”. Segundo ele, as empresas e a sociedade civil precisam se resguardar, pois após o sinistro o prejuízo não é apenas da corporação, mas da sociedade como um todo. Não por acaso, o potencial é grande para o mercado de seguro ambiental. “Exatamente pela necessidade de as empresas se adequarem ao ESG, a primeira coisa que que elas vão precisar é de um bom seguro”, resume.
No ano passado, a arrecadação de prêmios de RC Riscos Ambientais cresceu 26,5% quando comparado a 2019, totalizando R$ 73, 3 milhões.
“É um crescimento expressivo porque hoje o mundo está pedindo mais responsabilidade socioambiental”, conclui Torres que, a julgar pelo posicionamento do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prevê que essa tendência de crescimento se acentue: “Não tenho dúvida de que o presidente Biden trará novamente para a discussão política mundial a questão ambiental, e ela terá reflexos claríssimos para o Brasil. Nada mais seguro, portanto, do que se preparar para isso”.